- GM Rhaekyrion
5 Dicas de Ouro Para Um Livro de Aventura Apaixonante
Começamos a desbravar o mundo dos Subgêneros Literários Narrativos com um estilo de Livro muito usado em obras infanto-juvenis e infantis. Entretanto, seus aspectos também são recrutados para outros estilos.
A principal caracterização de um Livro de Aventura é o herói e a missão. Para quem é fã de RPG já deve ter pensado imediatamente nas campanhas as quais participou e com razão. Os fundamentos de uma campanha de RPG são os mesmos desse estilo literário.
Só que as coisas precisam ser complicadas só um pouquinho e para ter um desafio, digamos assim, é necessário a presença de um vilão marcante. O antagonista é quem vai tornar a jornada do herói difícil, sendo a personagem que precisa de maior elaboração.
Um Bom Livro de Aventura Precisa Conter 5 Elementos Primordiais
Independente do cenário, existem 5 principais padrões que caracterizam uma aventura, esses são os tópicos onde se deve trabalhar com mais intensidade. Qualquer elemento pode conter falhas, exceto esses:
Dica 1: É a Missão que Marca o Seu Enredo

Falamos sobre RPG lá em cima. Em que consiste um jogo nesse estilo? Um grupo que possui uma missão. Então, a primeira coisa que deve criar é a missão. Em termos técnicos, significa a jornada que seu herói vai perseguir.
Será por causa de um artefato mágico? Para salvar uma cidade? Ou será o clássico da princesa na torre? O Rei prometeu uma recompensa? Ou o herói se comoveu com o pedido de alguém?
Use a sua imaginação para criar o motivo, mas a missão precisa existir, sendo ela com uma promessa de recompensa material ou não. E outro quesito importante é justamente essa recompensa, ela precisa existir, pois estará inteiramente envolvida com a personalidade do seu herói.
Dica 2: O Vilão é a Peça Chave

Isso mesmo. Ele é a sua personagem mais importante, o que precisa de maior elaboração no livro, ficha completa, história pessoal sem buracos, motivos concisos e claros. Independente do estilo, um bom vilão marca a história. Citamos o Coringa, por exemplo, ou Lorde Voldemort.
Independente da vertente, o vilão é o seu antagonista, ou seja, ele é contrário ao protagonista em relação a intensão. Porém, ele pode desejar o mesmo que seu herói. Então, seguindo o exemplo, o objetivo do vilão é possuir o artefato buscado pelo herói. Ele busca completar a missão e é isso que atrapalha seu herói.
Como o objetivo do antagonista é o mesmo do vilão, os motivos que levam essas personagens a embarcarem na missão precisam ser concisos.
Dica 3: O Herói Carrega o Enredo

Essa parece muito óbvia, mas é importante ressaltar alguns aspectos desse protagonista herói, que geralmente será quem narra a história. Podemos ter várias visões de personagens durante o livro, mas quem carrega o enredo de fato é o seu herói.
Sendo assim, será quem mais aparece no enredo e por isso precisa de uma história pessoal envolvente, que faça seu leitor se aproximar dele e desejar acompanhar a missão ao seu lado.
O segredo de um bom protagonista é ter um trauma marcante, algo que o “danificou” emocionalmente e durante o enredo essa falha será superada. Uma boa história pessoal define uma boa personagem.
Dica 4: O Tempo da Missão Importa

Por que sentimentos urgência quando lemos uma aventura? Simples, todas as missões possuem prazo. Ou seja, precisam ser completadas dentro de uma linha temporal. Essa linha é quem gruda seu leitor nas páginas.
Alguém vai morrer se a planta da regeneração não for encontrada ou o dragão despertará dentro de um mês. São exemplos bem simples de como você delimita a execução da sua missão.
Uma sequência de filmes e, claro, o livro, que deixa isso muito claro e que pode ser usado como guia para uma boa aventura é O Hobbit. Os anões precisam recuperar o tesouro da montanha antes que o dragão acorde, ou que outros cheguem primeiro.
Essa urgência proporcionada pelo tempo é seu guia cronológico do enredo. Ajudará a montar as etapas da missão em seu livro e pode ter subconquistas, que geralmente são usadas nas grandes sagas, como tarefas menores que fazem parte da missão principal.
Dica 5: Ajudantes do Herói Enriquecem a Aventura

A última característica marcante de um livro de aventura é a presença do grupo amigo. Os ditos ajudantes de herói dão amplitude de enredo e geralmente são pilares de reforço para a personalidade do seu protagonista.
Desse grupo surgem os pares românticos – caso existam, pois não há necessidade – e as amizades fortes, que auxiliam seu herói durante a missão, oferecendo um ponto de vista diferente.
Voltando aos exemplos, podemos pegar o próprio Senhor dos Anéis. O Frodo e o Sam são representações marcantes desse tópico, bem como a sociedade do anel, que se reuniu em prol da mesma missão, visando ajudar Frodo, o nosso herói, a completá-la.
Pode parecer regrado, mas ter consciência dos elementos que está colocando em sua obra te destaca dos demais escritores. Munidos com essas dicas e com uma boa organização, você conseguirá fazer um livro de aventura de tirar o fôlego.
Espero ter ajudado.
Beijos de Fogo.